FONTE: BRAZILIAN VOICE -
A Voz Brasileira nos Estados Unidos
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A ação foi resultado de uma aliança formada por vários grupos religiosos, organizações sindicais e ativistas que fazem parte da Aliança em Prol da Cidadania
Na quarta-feira (4), ativistas defensores da reforma migratória se recusaram a deixar que o Congresso focalizasse na possibilidade de os EUA invadirem a Síria entregando 600 mil assinaturas no escritório do porta-voz da Câmara dos Representantes, John Boehner, em Ohio. A mensagem: Nós recusamos deixar que a possibilidade de aprovação de uma reforma migratória morra em virtude de uma agenda lotada.
A ação foi resultado de uma aliança formada por vários grupos religiosos, organizações sindicais e ativistas que fazem parte da Aliança em Prol da Cidadania.
“Uma das coisas que queremos deixar bem claro ao porta-voz Boehner, membros do Senado e da Câmara dos Deputados e Presidente que essas 600 mil (assinaturas) são simplesmente uma representação dos milhões de pessoas espalhadas pelo país que não irão embora”, disse Troy Johnson, ex-pastor da University Christian Church em Cincinnati, e diretor da Vozes Proféticas de Ohio, uma aliança religiosa estadual que defende causas sociais.
“Nós não deixaremos que a reforma migratória e a possibilidade de legalização sejam postas embaixo da pilha de papéis e no fim da agenda”, acrescentou ele. “Isso é importante demais na vida de 11 milhões para permitirmos que isso se torne baixa prioridade para o porta-voz Boehner, Câmara, Senado e o Presidente”, disse referindo-se ao número estimado de imigrantes indocumentados que vivem no país.
Vários votos estratégicos ainda são necessários antes que a Câmara sequer considere votar em várias propostas individuais ou em um projeto de lei amplo. No momento, o Congresso avalia a possibilidade de permitir que o Presidente Obama permita uma ação militar na Síria em decorrência de o governo atual ter utilizado armas químicas em sua própria população civil, matando mais de 1.400 pessoas. A votação final sobre o assunto poderá ocorrer semana que vem.
Logo após a votação sobre que ação tomar com relação à Síria, o Congresso precisará votar em uma proposta temporária de previsão de gastos para evitar que o governo entre em colapso antes de 30 de setembro. Poucas semanas depois, o limite de débito deverá ser aumentado até meados de outubro para evitar um “calote” nacional. Entretanto, membros da Aliança em Prol da Cidadania adiantaram que aceitarão nenhum desses assuntos serem usados como desculpa para que não seja votada uma reforma migratória, especialmente quando aumenta cada vez mais o apoio.
“Pode me chamar de otimista, mas eu acredito que os nossos legisladores possuem a capacidade de votar em mais de um assunto de uma vez”, disse Jackson, pouco antes de seus colegas ativistas terem lotado o escritório de Boehner com as 600 mil assinaturas.
“Nós não os elegemos (congressistas) para votar somente em um assunto internacional e OK quando for resolvido, então, faremos outra coisa. Eles podem trabalhar com uma agenda múltipla”, disse Jackson. “Qualquer desculpa que alegue que não possamos lidar com a imigração porque estamos trabalhando o orçamento agora por si só já é uma desculpa e não aceitaremos isso. Essas 600 mil assinaturas são uma indicação de que as vozes que levantamos estão deixando os membros do Congresso saberem que a reforma migratória, com a possibilidade de legalização, é algo que não deixaremos passar até que se torne lei”.
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